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Como crescer?

Talvez você, leitor, queira conhecer um pouco do nosso caminho, o que trilhamos e onde estamos neste momento, e até tenha alguma experiência ou dica para compartilhar - conosco e com a nossa comunidade.

Como contamos em outro post, a Planta surgiu como um nome jurídico de uma única pessoa. Com o passar do tempo, o desafio que se colocou para nós foi responder a essa pergunta do título. Como acontece com muitas pessoas oriundas de áreas técnicas, aqui houve o momento em que notamos o "cachorro correndo atrás do próprio rabo", isto é: para crescer e conquistar novos clientes, seria necessário investir em algum tipo de campanha, ação comercial, prospecção, etc - mas para isso acontecer, seria preciso um fluxo de trabalho maior, que uma pessoa não conseguiria sozinha. Essa é a situação que desejamos discutir aqui (e, claro, saber de como foi com você, leitor).

Ilustração de um cachorro correndo em círculos e tentando morder o próprio rabo
Fonte da imagem: https://www.updateordie.com/2018/07/31/o-mito-do-emprego-dos-sonhos-e-a-nossa-mania-de-correr-atras-do-proprio-rabo/)

Essa dificuldade acontece com quem se acostumou a "fazer o trabalho", e não tem experiência, formação, ou às vezes nem sequer o perfil para "vender o trabalho". Há quem alegue que os trabalhadores brasileiros ainda possuem uma mentalidade de empregado e não de empreendedor. Há quem diga, por outro lado, que o que falta é uma formação específica e que isso deveria ser proporcionado pelo nosso sistema educacional - a polêmica é em que nível isso deveria ser abordado: no ensino superior, ou antes? Há escolas que, ainda no ensino fundamental, oferecem "empreendedorismo" como grade curricular, para crianças de poucos anos de vida. Há até quem diga que o currículo escolar deveria ser totalmente repensado, e essa disciplina ocupar lugar de outras, menos "úteis" (!?).

Quando pensamos no "perfil" individual, cabe também perguntar se essa iniciativa empreendedora é uma característica de personalidade ou uma habilidade/competência que se pode adquirir e aprimorar (inúmeros cursos, treinamentos, consultorias, e o trabalho de numerosos coaches se baseiam nesse pressuposto). E mesmo que seja a segunda possibilidade: é realmente necessário que todos desenvolvam essa competência? Ou será que faz parte de uma mentalidade que promove ao limite o "faça-você-mesmo" individual(ista) em que cada um deve ser capaz de ser responsável por todas as áreas de um negócio?

Na natureza não há o organismo que "dá conta de tudo": muitas formas de cooperação (mutualismo, simbiose, etc) também ocorrem!

Num paradigma de pensamento sistêmico, esse grau de atomização, na realidade, não faz muito sentido. Mesmo na natureza há especializações, e relações de mutualismo, por exemplo). Assim como há pessoas que são negociadores e vendedores "natos" (ou tiveram a iniciativa, o interesse e a dedicação para se desenvolver nessa área), há também os bons administradores, ou os bons executores técnicos. Há quem se dedique de corpo e alma, com relativamente pouco esforço, a realizar tarefas que, para outros, seriam extremamente penosas ou difíceis. E em cada área dessa há espaço para a criatividade, a inovação e a proatividade. É um erro achar que somente os "empreendedores" (neste sentido de venda, exposição e comunicação) são expansivos ou têm desejo de crescer. Como bem notou o sociólogo Richard Sennett em seu livro O Artífice, a dedicação ao trabalho, a busca de aprimoramento, inovação e expansão podem ocorrer tanto no fazer artístico quanto num trabalho "introvertido" quanto a programação computacional.

Em grandes empresas, nada disso é segredo, e as grandes companhias, as que mais crescem e inovam, são justamente as que proporcionam espaço e oportunidade para os diferentes perfis atuarem no melhor de suas capacidades. Mas e quando se trata de empresas individuais (microempresa, MEI's e afins)?

Uma possibilidade é, de fato, o trabalho em rede: cada um oferece o que tem de melhor e o crescimento coletivo é também compartilhado. Experiências muito interessantes, nesse sentido, têm surgido e ganhado cada vez mais espaço: coletivos profissionais, redes e ecossistemas de inovação, arranjos produtivos locais, sem falar nas tradicionais cooperativas e associações.

Qual tem sido a SUA estratégia para o crescimento do seu negócio? Deixe seu testemunho, compartilhe dicas!

E até a próxima!

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